Assim como o frio que me toca,
assim sou levado à lugares distantes...
Na distância procuro o meu eu,
procuro minha essência, algo que seu perdeu.
Não consigo me ver com luz própria,
não consigo me ver como parte do hoje...
Perdido entre o presente e o passado,
procuro o que me tornou desencantado.
Como o frio que toca minha pele,
busca na mesma insistência a satisfação...
Busco porém, tudo se faz distante,
como é difícil apaziguar meu coração.
O frio corre pelo meu corpo a lembrar,
a tristeza é latente e me domina...
Em minha pele sinto hoje mais que o frio a cortar,
em meu peito sinto algo profundo a desolar.