Ela sempre esteve no pedestal,
sempre pensei nela debaixo para cima...
Sempre o olhar dela em mim representou,
tudo nela é a perfeição que me cativou.
Mas tudo nela também me lembrou,
fez com que eu me visse na realidade...
Eu me acostumei a partir dela com migalhas,
nela eu acostumei à desigualdade.
Desigual sentimento onde sempre estou,
onde me vejo sempre no anonimato e nas sombras...
Acostumei à não ser notado muito menos cogitado,
é assim o sentimento que me deixa atordoado.
Triste a minha posição mas é assim,
a vida me apresentou ela como portal da felicidade...
Um portal ao qual me acostumei não alcançar,
a vida me mostra a pior face do desejar.